Num momento na história do Planeta em que o ser humano questiona a sua própria existência, permanência e pegada carbônica relativa a uma quarta revolução industrial (Klaus Schwab) potenciada pela aceleração exponencial tecnológica onde questões como o antropoceno, o transumanisma, a manipulação do DNA e genética bem como outras questões adjacentes a estes movimentos influenciam e aceleram um novo paradigma de transição.

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Momento onde o frequente“scroll” à realidade, pela procura de “novas histórias” contribui para a perda da referência à contemplação, contribuindo cada vez mais para o afastamento do ser humano do elemento natureza. Coloca-se aqui uma reflexão em que a paisagem cultural e natural não são linguagens opostas, que se podem manifestar como complementares, um diálogo íntimo, entre natureza e cultura. Esta deslocação intencional visa jogar com a ideia de criação na condição da origem remota e seminal, procurando com isso alimentar o nosso desejo de uma linguagem universal, uma estrutura inteligível capaz de espelhar o inconsciente colectivo numa era saturada de interfaces e satélites – tecnológicos, artificiais –, devolvendo uma experiência emotiva e contemplativa ao universo da representação visual.

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Neste dialogo - homem/natureza - questiona-se assim um momento, uma época, onde de certa forma paira uma inquietude de quem habita um espaço do qual não se pode apreender o todo, onde a velocidade é proporcional ao esquecimento gerando uma condição que nos leva a reinventar a forma como lemos e interpretamos a realidade e na qual se debatem novas formas de diálogo, relações humanas e processos de contemplação e relação com elementos pré- existentes ao homem. Numa sociedade dita contemporânea, controlada por satélites artificiais, onde a velocidade da geração do “pos- digital” dita o tempo, e substitui de uma forma artificial o mundo natural/analógico.

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Dentro deste paradigma apresenta-se o projecto InSitu, que se materializa em duas exposições em espaços verdes distintos – em Braga, na floresta do Mosteiro de São Martinho de Tibães e em Lisboa, na Estufa Fria. Ambos apresentam cinco obras inéditas, comissariadas e desenvolvidas por cinco artistas para os lugares que as acolhem – Adrien Missika, Inês Norton, Nicolás Lamas, Paulo Arraiano e Pedro Vaz. Um projecto com curadoria de Inês Valle.

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O Projecto InSITU (AL_TARr e VER_DE é parte da programação cultural Lisboa Capital Verde 2020. Um projecto desenvolvido com o apoio do GreenFest. Um projecto com o apoio institucional / financeiro da CMB e CML.